sábado, 15 de junho de 2013

Um ensaio sobre o coração.

É engraçado pensar no inesperado, que torna-se absurdo por não ter sentido (mas ser sentido) a um primeiro momento; o desespero de manter o controle e com isso, descontrolar-se. Assim funcionava meu coração, afogado em absurdos e que, ainda, insistia em bater mais forte de tempos em tempos. De tanto tempo inerte eu achava que havia atrofiado, mas aquele velho coração de tanto tempo embriagado esquecera-se de sentir; mas não dessa vez. Como um bom começo, a ideia principal era apenas uma boa trepada, mas nós duas sabíamos desde a primeira troca de olhares que seria bem mais do que isso, ela era bem mais interessante do que apenas uma trepada deveria ser, e de repente tudo se acelerou. Éramos nietzscheanas, nada clichê e desconfiávamos de todos aqueles que não possuíam vícios. Tínhamos tendencia ao vício; a paixão era eminente e eu sabia bem. E eu já não queria ir embora quando o Sol nascia e estampava meus olhos com todo o clarão, ela continuava dormindo e eu, continuava. O problema é que aquele meu coração seguia desenfreado; eu, ela e ele. Para aqueles que acreditam em sintonia, eu apresentava sintomas de um coração apaixonado. 

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