terça-feira, 29 de março de 2011

Faz?

Pegamos a primeira estrada rumo a qualquer lugar. No carro, a música embalava no mais alto volume e todos cantavam ao som das estradas. Clapton, Stones, Cash; eles contavam nossa história quase que magicamente. E toda vez que esta trilha tocava, nos tocávamos, sinestesia de canções em sentimentos. Depois de cinco horas de asfalto pareciamos chegar em algum lugar, era uma pequena cidade concentrada em volta de uma praça onde todos se perdiam por ali. Nos instalamos em uma casinha que aparentemente não caberia nem metade de todos aqueles que começavam a chegar. Sem hesitar pulei logo no quarto que tinha uma cama de casal, joguei minha mochila sobre a cama e ali me sentei veemente afirmando aquele cômodo. Ela me observava de longe, às vezes ela não entendia muito bem o que eu fazia, mas não a culpo, quem entenderia? Eu a fitava da cama e tentava chamá-la para dentro, ela negava balançando a cabeça e rindo, ás vezes eu também tinha que buscá-la. Buscava, fechava a porta do quarto e a beijava pelo máximo de tempo que conseguia e em dois minutos ela já estava lá fora, sentada no sofá, acendendo um baseado atrás do outro. Nem mesmo nos fins de noite conseguíamos esboçar alguma preliminar sexual; ou eu estava desmaiada em algum lugar da casa ou ela estava muito chapada para se mover de qualquer lugar que ela havia se instalado. Éramos aquele tipo de casal que ficavam sem condições até para trepar, quem diria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário