sexta-feira, 4 de abril de 2008

Di(h)sfarçe.

Dih foi uma das meninas que eu conheci naquele bar, aonde eu servia doses de alcóol etílico com essência de limão que disfaçava um drink chamado caipivodca. Rapidamente, aquela garota com sarnas na cara e um sorriso que cativava o mais frustrado dos junkies, tornou-se parte essencial da minha vida. Ela passava noites e noites no meu bar, de 7 a 8 vezes por semana, e só bebia até o ponto de discontrair nós duas. Ela discontraía. E a mais errada das minhas viajens, me parecia certa o suficiente, quando ela estava presente. Eu ria tanto que chegava a doer no âmago. Sem perceber, eu acabara de conseguir sustentar uma amizade por mais de algumas semana sem o benefício do sexo. Até então eu não conseguia acreditar(ou manter) algum tipo de relação saudável com alguém, sem que envolvesse os prazeres carnais. Ela morava em uma casa herdada de gerações em gerações da sua família, era uma casa enorme, que em menos de 2 mêses que ela havia se mudado pra lá, virou um antro neo-punk com festas que rendiam por semana a fio, até a polícia chegar e colocar todos para fora. A sanidade não existia(existe) nem nas palavras.

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